A gravidez é um momento feliz na vida de cada mulher e deve ser passada da melhor forma possível para a mãe quer para o bebé.

É muito importante que a mulher  faça exercício físico e tenha uma alimentação saudável, desta forma é mais fácil ter uma gravidez mais tranquila. 

Pode-se dizer que a mulher está numa gravidez de alto risco quando, existe hipertensão, anemia, diabetes gestacional, hipertiroidismo, crescimento uterino retardado, história obstétrica de nado morto, “grávida idosa” (+ 40 anos), deslocamento da placenta, gravidez gemelar e placenta prévia (a placenta fica em baixo do bebé, ou seja há uma possibilidade de rotura mais acentuada e uma proximidade do canal vaginal.)

Não é conveniente uma grávida realizar exercício físico antes das 12 semanas, se tiver menos de 12 semanas, o treino deve ser realizado sem impacto, com uma intensidade baixa, devido às alterações do corpo

Na gravidez existem várias alterações anatômicas, como por exemplo, no Sistema Endócrino a partir das 6/8 semanas a placenta é a primeira fonte de hormonas, a placenta isolada ou em conjunto com o feto é responsável pela homeostase fisiológica da mãe e do feto. O Sistema Cardíaco o Débito Cardíaco aumenta 40% (o principal aumento é no final do 1º trimestre, a Frequência Cardíaca  em repouso aumenta em toda a gestação e atinge o seu auge em 32 semanas de gravidez. O Débito Cardíaco aumenta em função do crescimento do coração e do Sistema Respiratório e, existe uma redução de cerca de 300ml da capacidade pulmonar devido ao aumento do útero, deslocamento do diafragma até 4cm ou mais, a pressão do feto para cima, dilata as costelas e aumenta a cintura costal por isso existe falta de ar.

São produzidas bastantes hormonas na gravidez, a Progesterona que aumenta e diminui o apetite, aumenta a temperatura corporal, dilata as veias, Estrógeno que faz retenção de água, aumenta o crescimento do útero e dos seios, é recetor da relaxina que se produz em maior quantidade no 1º trimestre e reduz 20% a termo, aumenta o movimento da pélvis para acomodação do bebé e a Ocitocina que reduz o sangramento no parto. Existem várias mudanças na mulher em que se deve tomar atenção.

O exercício físico na gravidez deve ser acompanhado com uma avaliação médica e por um Fisiologista do Exercício Físico, já que nem todos os exercícios e movimentos a gestante pode realizar.

Existe várias vantagens do exercício físico durante a gravidez, ajuda a não ter problemas de saúde para a mãe a para o bebé, ajuda na auto estima da gestante, menor desconforto físico, menor aumento de peso, em média deve ser de 9 a 12kg. Melhora o condicionamento físico, previne várias doenças como diabetes gestacional, também há vantagens para o parto, vai existir uma menor incidência de depressão pós parto, menor tempo de trabalho de parto, menor incidência de parto cesariana e menor tempo de recuperação, consequente menos tempo de hospitalização. Podemos dizer que a mulher fisicamente mais ativa tolera mais a dor no parto.

Depois do parto para começar a realizar exercício físico é necessário ter alta médica, verificar se a diástase está fechada, se está a amamentar ou não (o exercício promove o aumento do leite), saber como está emocionalmente e o seu envolvimento social. Se o parto for parto natural, a mãe pode começar a treinar passado 2 semanas depois de ter o bebé, no parto de cesariana geralmente é necessário 6 semanas de recuperação e repouso, mas tudo vai depender da alta médica.

Exercício Físico, faz bem à mãe e por isso faz bem ao bebé, pois a mamã transmite tudo ao seu bebé. Com todo o cuidado é possível ter uma gravidez ativa.

Carolina Almeida
Personal Trainer
Rapid Fit&Well